Metodologia ágil: É preciso se reinventar para permanecer competitivo
Diferente do que muita gente pensa, as empresas podem seguir passos mais simplificados para se adequar ao novo sistema de trabalho promovidos pelas startups
As startups chegaram ao mercado há pouco tempo e revolucionaram a maneira que lidamos com burocracias e como enxergamos as empresas tradicionais. A sensação de métodos obsoletos permeia entre os mais diversos setores pressionando por mudança.
A partir disso iniciou-se o debate sobre os métodos ágeis. Afinal, um banco de renome nacional por tantos anos, por exemplo, não pode perder clientes pelo simples fato de que um aplicativo consiga oferecer os mesmos serviços sem tarifas e com atendimento apenas pelo celular, sem centrais telefônicas, músicas na espera ou senhas em agências bancárias.
Muito se discute sobre os benefícios da aplicação prática desses métodos, mas o fato é que pensar em estratégia, estrutura, processos, pessoas e tecnologia formam cinco pilares importantíssimos para que uma empresa se torne ágil. Não dar a devida atenção a qualquer um deles pode pôr em xeque todo o processo.
Scrum e Agile
A base para o funcionamento das chamadas startups está na aplicação das metodologias Scrum e Agile. Para entender como as metodologias agem, vamos voltar um pouco no tempo e entender o surgimento delas
Ambos os conceitos surgiram nos Estados Unidos, em 2001, em empresas de desenvolvimento de softwares. Eles dão preferência às interações dinâmicas entre indivíduos de diversas áreas a seguir etapas burocráticas do processo. Sendo assim, o scrum é uma metodologia ágil para planejamento e gestão dos projetos.
Como resultado, a adoção da metodologia cria uma estratégia que faz com que as equipes se desenvolvam com resultados satisfatórios.
Bem estruturada, as equipes podem ter a rotina organizada em processos que privilegiem as pessoas que compõe o grupo.
Multidisciplinaridade
As equipes multidisciplinares têm habilidades para desenrolar os projetos do início ao fim e conseguem entregá-lo em curto prazo. As funções são organizadas pensando na prioridade da tarefa e focando no objetivo de otimizar o resultado do trabalho. Nas empresas tradicionais, os trabalhos são divididos em etapas sequenciais entre a equipe e, até que avance para a próxima, o projeto acaba perdendo a fluidez. Com isso, as falhas passam e fica muito difícil encontrar ‘o gargalo’.
Liderança
Aqui, necessariamente ele não possui uma posição hierárquica superior. Ele não é o responsável por dar ordens ou delegar funções, mas por liderar o time estrategicamente e dar a palavra final na tomada de decisões. O scrum master vai orientar as pessoas sobre formato de trabalho e a maneira mais rápida de executar um projeto.
Prioridades e gestão
A equipe com um todo vai definir as tarefas que gerem maior valor ao cliente e à própria empresa como as prioritárias. Da mesma maneira, a gestão vai colocar à vista dos colaboradores os resultados visíveis. Decisões colaborativas, que farão com que as pessoas que compõe a organização se mantenham motivadas e incentivadas a continuar trabalhando no projeto.
É importante também reunir a equipe, nem que seja por 15 minutos diários. Nesse tempo, as dificuldades podem ser apresentadas e o desenvolvimento das tarefas explicados. A comunicação é imprescindível para que todos tenham ciência do andamento do projeto e, assim, auxiliar uns aos outros.
Pessoas
Além de todos esses processos tratados anteriormente, é imprescindível que os gestores estejam atentos não apenas aos hardskills, mas, principalmente, às softskills. Alta rotatividade já não faz mais parte da mente dos recrutadores. A intenção é captar talentos e entender se os propósitos de vida deles estão alinhados ao da empresa e, dessa forma, aproveitar da melhor maneira possível as habilidades individuais.
Tecnologia
Além de tudo, não podemos esquecer que é preciso investir em tecnologia, ferramentas e simplificação de processos. Uma boa estratégia é alinhar e aproximar os diretores de tecnologia e marketing, alinhando dados e tecnologia.
Outro passo ágil é apoiar-se na computação em nuvem. As empresas tradicionais terão maior capacidade de computação e armazenamento sob demanda. Menos burocrática, a nuvem permite que as companhias aloquem ambientes de acordo com a necessidade, garantindo economia no orçamento.
Segundo a consultoria McKinsey, empresas tradicionais de diversos segmentos que se propuseram a realizar essas mudanças já conseguiram melhorar o desempenho financeiro entre 20% a 30%.