Grow, fusão entre Grin e Yellow, abrirá fábrica de patinetes e bicicletas em Manaus

Compartilhe este post

Por: tegUP, aceleradora de startups.    

A Grow, marca de micromobilidade que surgiu da fusão entre a Grin e a Yellow, vai investir R$ 25 milhões na construção de uma fábrica na Zona Franca de Manaus, onde serão produzidos patinetes e bicicletas elétricas.

Com produção local substituindo a importação da China, a startup quer reduzir custo dos equipamentos diante da crescente competição em micromobilidade urbana. O objetivo é reduzir de 30 a 40% o custo com os equipamentos.

A expectativa é que a fábrica comece a operar já em 2020 com capacidade de produção de até 100 mil veículos, entre patinetes elétricos e bicicletas.

A Grow tem como meta atingir periferias das grandes cidades brasileiras, onde há menos opções de transporte.

De acordo com Marcelo Loureiro, cofundador da Grin, a redução de custo de produção permitirá que a empresa expanda operações para cidades menores, que, por enquanto, não são contempladas com soluções de micromobilidade urbana.

Hoje, os equipamentos da startup são importados da China. Eliminando essa despesa investindo na produção local, a Grow busca uma vantagem competitiva frente às concorrentes no setor, como é o caso da Lime, que já opera em algumas capitais, e da Jump, que deve chegar ao mercado ainda em 2019 com a Uber.

A produção local ainda permitirá adaptar os produtos para as necessidades do público brasileiro. Segundo Marcelo Loureiro, poderão ser usados freios manuais (que hoje, são eletrônicos), sistemas melhores de amortecimento que visam a longevidade dos produtos e baterias removíveis que podem ser trocadas em qualquer lugar, sem a necessidade de carregar os veículos nas estações.

A ascensão das soluções de compartilhamento de bicicletas e patinetes mostrou o potencial de empresas que investem em mobilidade limpa, prática e alternativa para os viajantes urbanos. Porém, em alguns locais essa onda tem enfrentado críticas e restrições.

Autoridades de várias cidades dos Estados Unidos, como Miami, São Francisco, Washington e Denver, limitaram o número de e-scooters nas ruas e suspenderam os programas de compartilhamento destes veículos até encontrar uma maneira eficaz de regulamentá-los.

No Brasil, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) ainda não possui normas específicas para esse tipo de transporte e a Câmara Temática de Engenharia (CTE) está estudando a possibilidade de inserir esse novo modal e suas regras para circulação no manual de mobilidade, mas o trabalho ainda não está concluído, nem há prazo definido para isso.

O que nos resta é redobrar a cautela, utilizar equipamentos de segurança (como capacete, joelheiras e cotoveleiras) e dar preferência a rotas com baixo tráfego de veículos e pessoas ou que sejam circundadas por ciclovias e pistas dedicadas ao uso destes equipamentos.

Sobre o Autor     

A tegUP é uma aceleradora de startups e braço de inovação aberta da Tegma Gestão Logística. A aceleradora apoia startups e empresas de tecnologia transformadoras que ofereçam produtos, serviços e tecnologia relacionados ao universo da Logística, apresentem alto potencial de evolução e necessitem de algum tipo de suporte para acelerar seu crescimento.      

www.tegup.com. 

Compartilhe esta publicação