Por: tegUP, aceleradora de startups.
O avanço da tecnologia nos leva, muitas vezes, à fragmentação e ao aprofundamento em temas bastante específicos, como a evolução do data analytics ou features de realidade aumentada para resolver problemas bastante peculiares. Mas, quando analisamos para onde a tecnologia está evoluindo, há um conceito que une todas as pontas fragmentadas. É uma espécie de malha digital inteligente, onde tudo se conecta.
A Intelligent Digital Mesh, ou malha digital inteligente, é o ambiente em que se unem pessoas, dispositivos, serviços e objetos conectados para o perfeito funcionamento de um negócio.
Apontada como uma das principais tendências para 2019, ela pode ser definida como o cenário futuro caracterizado por dispositivos inteligentes e entregando serviços digitais com cada vez mais significado e valor, em qualquer lugar onde você esteja.
Se analisarmos palavra a palavra, temos três itens importantes para uma tecnologia fazer parte dessa malha digital inteligente:
Intelligent: não se trata de mais conhecimento, mas sim de mais inteligência artificial sendo aplicada em tudo o que nos rodeia. A aprendizagem de máquina, por exemplo, pode ser ainda muito ampliada e há diversas tecnologias que ainda não são autônomas e passarão a ser. Com o uso de IA em todas as tecnologias futuras que existirem, teremos a criação de novas categorias de produtos e serviços que hoje não existem ainda.
Digital: ainda vemos muitas tecnologias que aplicam uma realidade virtual no mundo real, mas, no geral, de forma pontual, sobrepondo um mundo ao outro para uma interação específica, em determinado tempo e espaço. Quando pensamos no digital do futuro, pensamos em uma união de digital e físico, um ambiente em que a gente não pare para reparar o que é de um mundo e o que é de outro – também chamado por alguns especialistas de “mundo imersivo”.
Mesh: a malha é o que faz essas tecnologias e os dois mundos – virtual e real – coexistirem e, mais que isso, unirem-se de ponta a ponta, da vida das pessoas aos negócios de empresas. A conexão mais ampla entre grupos de pessoas, negócios, dispositivos, conteúdos e serviços é o que define essa malha.
Alguns exemplos de uma malha digital inteligente estão na relação com os clientes, quando tecnologias são desenvolvidas para interagirem entre si e cumprirem as demandas do consumidor, de ponta a ponta, desde quando ele entende que há uma demanda por compra, até quando ele não tem mais interesse no produto e quer descartá-lo.
Por exemplo, quando uma geladeira que entende os hábitos de consumo dos moradores da casa automaticamente avisa que um produto está acabando e sugere a compra, conectando-se ao mercado mais próximo. Um sistema online de pedidos e uma rede conectada para entrega fazem com que o produto chegue em poucos minutos na casa do cliente – indo até a reciclagem ou descarte correto do produto, ações que também podem ser feitas com o uso de tecnologia.
Para esse ecossistema inteligente funcionar, também há uma grande necessidade de plataformas que permitam essa conexão entre tecnologias e a comunicação com o mundo real. Entende-se por mundo real: a comunicação com pessoas ou com objetos conectados, que farão ações que impactarão as pessoas, como robôs entregadores e assistentes virtuais.
Quem desenvolve hoje uma tecnologia, além de precisar criá-la dentro desses três itens da malha digital inteligente, precisa entender também que seu produto fará parte de sistemas tecnológicos maiores, ou seja, não será possível funcionar sozinho ou não estar conectado a outras redes.
Por sua vez, para conectar-se a esses novos sistemas, é necessário estar em um patamar de constante evolução. Consultorias apontam que, até 2020, as novas plataformas e serviços para a Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial e sistemas conversacionais serão o foco de evolução, tudo viabilizado por meio de APIs e integrado a outras plataformas de mercado.
Crescerão e se manterão no mercado consumidor apenas aquelas tecnologias que conseguirem fazer parte de sistemas mais adaptáveis, flexíveis e potencialmente autônomos.
Sobre o Autor
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